4.7.11

"Patchworknowledge"

(Organizado por Tina Andrade)

"A informação restrita a poucos representava dominação/poder. O conhecimento sempre foi e (é até hoje) uma ferramenta poderosa. A morte era a única que poderia evitar que novos pensamentos e ideias se desenvolvessem através da leitura. […] Uma coisa imaginada, de tão desejada e insistentemente repetida, passa a ser considerada como uma coisa verdadeira.

[…] Muitas informações conseguem ainda não sofrer distorções e... sobrevivem ao tempo; […] através de um processo de revisão contínua, fazem com que descubram uma atitude de busca, transformação, inserção e compartilhamento[…].

Poderemos deixar um legado vasto e rico de informações para as gerações futuras […] que transformarão não só as empresas, mas nossa sociedade como um todo. Ou será que não estamos preparados para tanta informação?

A informação é hoje encarada como um recurso essencial para as organizações. Não basta apenas ter a informação, é necessário saber utilizá-la […]. O conhecimento [...] de uma forma forte e consistente pode ser usado e compartilhado, jamais negado; […] quando passa a fazer parte das ações do dia-a-dia, é aprendizagem.

A sociedade necessita urgentemente de seres humanos que desenvolvam e utilizem a maior de suas potencialidades: a atividade mental cognitiva. O saber é luz para novos horizontes e o caminho para realizações pessoais. Ainda há tempo para repensarmos nossas necessidades.

[…] A frase “você não precisa pensar, só precisa obedecer” - foi a cultura do fracasso que os empresários buscaram tendo uma política assim.

Caminhamos então, para um modelo social mais próximo da perfeição, onde encontramos, em um mesmo conjunto, a valorização do ser humano e por consequência da organização a qual ele participa. O conhecimento é o poder da escolha, não ocupa espaço - como algo transformador e bom para as pessoas que se relacionam conosco e para o mundo.

Nos deparamos com a necessidade de disseminação de informação e conhecimento, com a completa assimilação do significado de cada informação que leva ao conhecimento para resolução de problemas.

É muito importante saber filtrar[…], além de saber usar as informações. Vivemos em tempo real no mundo globalizado, conjugamos trabalho, lar, estudo e negócios, somos um verdadeiro arquivo de bits.

Este é um risco efetivo. Já sabemos que as informações são dados interpretados, dotados de relevância e propósito. […] É fundamental usar a informação, transformá-la em conhecimento e dela fazer uso com responsabilidade para atingir nossos objetivos[…]; transformar a informação em conhecimento e contextualizar na vida e nos desafios que enfrentamos […] como a nossa própria memória.

A experiência é um acúmulo de diversas informações que vai nos formando como indíviduos que somos, como cidadãos e nos posiciona nesta vastidão de incertezas que o futuro pode nos oferecer.

O comportamento ético é a forma que o indivíduo deveria se comportar no meio em que vive, sendo transparente, sem manipulações. Dá para perceber é que, o que mais temos são manipulações e coalizões com o intuito de divulgar só o que é conveniente e oportuno.

As novas tecnologias digitais estão mudando não só o modo de comunicar, mas a comunicação em si mesma a ponto de provocar ampla transformação cultural. Precisamos ser capazes de utilizar a tecnologia de forma consciente [...] Temos que sair da zona de conforto para fazer a nossa parte.

Internet deve ser um instrumento de desenvolvimento social[…] pode ser usada de várias maneiras[…] um dos atributos da qualidade da informação é a fonte […]. Merecem reflexão e créditos: a qualidade e a ética da informação postada na internet e a fragilidade na segurança -a qualidade da informação é centrada no usuário.

A liberdade de expressão na internet trouxe excesso de transparência, mas precisamos agir com responsabilidade e senso crítico ao interpretá-la.

As organizações ainda não sabem muito bem como lidar com as novas formas de comunicação e de transmissão de informações... a gestão da qualidade da informação passa pela atenção a essas duas questões: “o que divulgar?” e “para quê divulgar?”

Mas é a experiência pessoal ou comunitária que nos permite descobrir um sentido para as coisas. Sem a experiência, não há vida e não passará de acúmulo de informação. No entanto, é necessário que cada um supere sua cota de egoísmo.

Importante passarmos a ser mais criteriosos ao ler e falar, analisando a credibilidade e responsabilidade que (isto) vai gerar.

Em toda situação haverá pontos positivos e negativos. Nos resta tomar medidas quanto a um estilo de vida coerente, claro, ético com educação e acima de tudo a construção de relações humanas geradas pela comunicação honesta e aberta, responsável e respeitadora do outro.

Estarmos abertos ao aprendizado e ao conhecimento do outro, nos realizará plenamente. [...] Vamos refletir muito sobre o que essa mudança de paradigma poderá nos trazer."

Até aqui este texto faz sentido para você? Pois saiba que ele é uma prova do que é possível obter ao conectar pessoas, suas ideias e seus ideais. Este é um “patchworknowledge” - um neologismo que criei para “costurar” tantas e tão diversas opiniões e ter esta “malha” de conhecimento.

Tudo o que você acaba de ler ou ouvir é a “costura” dos muitos recortes dos mais de 150 comentários “estampados” pelos alunos do Curso de Pós-Graduação em Gestão Pública (UMC/FEAP) no blog InfoC41[1] criado para a socialização dos saberes.

Todos já podem dar o próximo e decisivo passo, seguros de que estarão prontos para inaugurar uma cultura da informação na organização pública.

Last, but not least!

Imagem: the design inspiration

A frase de Shakespeare, em Julius Caesar, III, i, 189, da qual me aproprio da tradução literal para dizer que teremos hoje "o último, mas não / de forma alguma / nem por isso o menos importante" encontro. Eu os conheci de um jeito e os estarei deixando de outro (acho que melhor), mais conscientes de que todas as mudanças necessárias começam na vontade de cada um em contribuir com suas novas habilidades, conhecimentos e, principalmente, atitudes(!), ou seja, com as novas competências reveladas e/ou adquiridas em sala.
Juntos fizemos novas e importantes descobertas: passamos a enxergar o outro como reflexo de nós mesmos e entender que É POR ISTO que nós quem precisamos mudar, não ele! Também aprendemos, juntos, que a falta de informação é uma epidemia que precisamos combater com a vacina da tolerância e do altruísmo.
Muitas coisas acontecem no nosso entorno, mas poucas parecem pertencer a nós: mas pertencem!
Na verdade somos ao mesmo tempo produto e produtores de todas as coisas; e só uma boa NOÇÃO DE PERTENCIMENTO é que fará com que a gente consiga realizar significativas mudanças no mundo em que vivemos, começando pelo primeiro lugar, que é onde o nosso braço alcança.
Precisamos ensinar COM AMOR ao maior número de pessoas possível, que aonde existe uma crise existe, também, uma fantástica oportunidade de mudança e DESPERTAR nestas pessoas esta vontade INSPIRANDO-AS com nossas próprias ações.
Aprendemos que as coisas sérias podem ser resolvidas com ALEGRIA e que ao compartilhar um pouco do que somos, encontramos ECOS do nosso espírito.
Vocês me emocionaram com sua dedicação e eu pude ler nas expressões e gestos de cada um as respostas que eu tanto precisava para compor cada vez mais e melhores práticas em busca de "informar para formar" uma legião de potenciais trabalhadores do conhecimento.
Muito obrigada a todos por me receberem e além de me aceitarem como sou e com o que tenho, confiar seus sentimentos e compartilhar seus desejos, necessidades e vontades comigo.
Sei que posso fazer bom uso disto.
Para encerrar, deixo um de meus pensamentos: "É ecologicamente correto RECICLAR ideias, consumir conscientemente conteúdos e entender que CONHECIMENTO também é matéria retornável".
Boa missão eco-LÓGICA ,<)